Ninguém gosta de ficar doente, mas infelizmente acontece com todo mundo de vez em quando. Às vezes, dependendo do quanto a nossa saúde está balançada, a gente precisa passar um tempo no hospital e aí nem sempre as nossas lembranças são boas. Afinal, ninguém curte comida sem graça, exames desagradáveis ou ficar longe dos amigos e da família. Mas você sabia que tem muita gente preocupada em fazer desse tempo no hospital uma experiência melhor?
Os Doutores da Alegria, por exemplo. O projeto existe no Brasil desde 1991, quando o palhaço Wellington Nogueira começou a reunir artistas que aceitassem o desafio de levar uma dose de alegria a crianças hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde. Dali em diante, o grupo já fez mais de 800 mil visitas a crianças do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, São Paulo e Recife. Para conhecer um pouco mais sobre o trabalho da trupe, você pode assistir ao documentário Doutores da Alegria (2005). O vídeo abaixo faz um bom resumo de toda essa palhaçada:
Para quem acha que isso não passa de brincadeira, a pesquisa anual do grupo relativa a 2010 mostra que, segundo os profissionais de saúde dos hospitais visitados pelos Doutores da Alegria, uma grande parcela das crianças ficou mais à vontade e ativa, começou a comer melhor, passou a aceitar mais os exames e deu até sinais de melhora. Os próprios funcionários começaram a se relacionar melhor entre si, com as famílias dos pequenos e com os pacientes. Além disso, as famílias começaram a lidar melhor com o tratamento médico das crianças.
Quem também leva o poder do bom humor a sério é o médico americano Hunter "Patch" Adams, que se tornou mundialmente famoso com o filme Patch Adams - O Amor É Contagioso (1998), estrelado pelo ator Robin Williams. Não conseguimos encontrar o trailer dublado ou com legendas em português, mas, se você mandar bem no inglês, confira o vídeo original abaixo:
Depois de passar por um período duro e ser internado em um hospital psiquiátrico, Patch decidiu que iria se dedicar à Medicina e nunca mais teria um dia ruim. Ainda na faculdade, em 1971, vestiu o nariz vermelho e criou, com um grupo de vinte amigos, o Gesundheit Institute ("Instituto de Saúde" em alemão), que unia práticas médicas a atividades como bailes, teatro, humor e jardinagem, sem cobrar nada dos pacientes. Depois disso, começaram projetos ainda maiores, reforçando a ideia de que, quando se trata de saúde, é importante cuidar não só do corpo, mas também da mente.
Aqui no nosso blog, também já publicamos um post com uma entrevista ao Palhaço Matraca, onde ele conta como usa humor para falar de temas de saúde nas ruas. Releia aqui.
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